terça-feira, 16 de maio de 2017

Ser sagrado




Somos nós, flor do mato, caboclo, mulato.
Guaraci, Caiapó, Cariris.
Menino de pé no chão
Afeto, arte, história.
Somos ressaca das emoções
Sentido do ser
deus vivo e adormecido
Surdos e ouvintes
Flor e espada
Pele e sombra
Raça que dança, canta e encanta
E tocam tambores que saldam
Raios e Ventos
O eclipsar da noite, “ luarão ”
Perfeição
Deságua
Voz que murmura sonhos  ao breu
Ser cheio de uma força que anima
E revive.


Keila Cristina, 16 de maio de 2017

domingo, 7 de maio de 2017

Superação


Observa e sente a brisa cálida 
num céu bordado por nuvens brancas 
em um horizonte recortado pelas montanhas 
que os raios do sol dão vida. 
Mito resultante de uma imensidão no céu. 
O Universo assenta no ritmo das canções. 
Transporta pela beleza de árvores em flor; 
magnólia coberta por flores avermelhadas. 
Escorrega em rios claros. 
Rompe os tabus. 
Despoja os excessos. 
Abre as janelas e rejubila o coração 
onde o valor e o propósito reside. 
Mergulha nas raízes do inconsciente. 
Depura do gosto, 
mas não sucumbe à sedução daquilo que é prejudicial. 
Rasteia a bandeira sem sequelas, 
mesmo frágil feito um pedaço de papel em dias de chuva. 
Olhai pra frente e reconecta numa nova condição. 
Somos mito no decurso dos séculos. 
O sol desponta mais além, 
o sentido absorve a informação da grandiosidade envolvida; 
descortina, ensina, explica e corrige. 
A metamorfose soa e tem seu processo inalterável.



Keila Cristina
07 de maio de 2017