segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Um pensamento revestido de Beleza - Kahlil Gibran

Esta página é uma homenagem à devoção pelo belo e pela arte, que Gibran soube tão bem nos transmitir. Sentimo-nos felizes por proporcionar aos milhões de admiradores do autor de "O Profeta" mais estas flores do jardim espiritual de uma alma rica de fé e generosidade. Em meio a estas flores, estão alguns dos mais envolventes e incisivos escritos de Gibran, que datam do período do exílio de seu país, o Líbano, e da excomunhão pela sua igreja.

Muitos anos mais tarde, seria reconvocado do exílio e a Igreja lhe reabriria os braços.

Ele escreveu coisas maravilhosas, e sua literatura e arte ímpares espalharam-se, traduzidas por mais de 30 países. Gibran manteve sempre seu sublime e independente culto ao espírito e aos ditames da ética.

Para aqueles que o lêem pela primeira vez, pode-se acentuar que ele combina as mais elevadas e vívidas percepções da realidade espiritual com uma poesia adornada e absolutamente individual.

Sua originalidade e poder conquistaram a admiração e até mesmo o fervor de milhões de leitores, em dezenas de línguas. Gibran também conquista quase igual reputação como pintor. Seus desenhos e pinturas eram expostos periodicamente pelas metrópoles mundiais. Quando o grande Rodin quis que lhe pintassem o retrato, Gibran, que era comparado a ele e a William Blake, foi o artista escolhido.

No mundo ocidental, esse poeta, filósofo e artista chegou a ser chamado de "o Dante do século XX". Para seus admiradores do Oriente Médio, ele é o Amado Mestre.

Uma testemunha dos funerais de Gibran, realizados em 1931, descreveu-os como tendo sido "além da imaginação". Centenas de padres e líderes religiosos, representando cada uma das grandes seitas do Oriente, ampliavam com suas presenças a emoção da solenidade. Lá estavam sacerdotes e dignitários Maronitas, Católicos, Xiitas, Protestantes, Muçulmanos, Gregos Ortodoxos, Judeus, Sunitas, Druzos e outros.

E, para completar a reintegração de Gibran no seio da Igreja, ele foi enterrado numa gruta do Mosteiro de Mar Carkis, em Bsharri, no Líbano — a diocese de sua infância.

Seu túmulo transformou-se num lugar de peregrinação. Ao lado, o Comitê Nacional de Gibran edificou um museu onde são expostos algumas das suas belas telas e os seus livros em todas as línguas. Em cima do túmulo, esta simples inscrição: "Aqui, entre nós, dorme Gibran."

Mas lá, na verdade, dorme somente seu corpo. Sua alma, difundida nos seus livros, serve de guia a milhões de leitores na mais fascinante de todas as viagens: a que leva o homem das trevas do egoísmo e da cegueira ao esplendor do dom de si e da compreensão.

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