sábado, 26 de setembro de 2015

População de rua



Eufemismo,
Nesse mundo do selvagem capitalismo,
Que tem como eliminação.
Essa é a regra,
Da condenação.

Significado do ser,
E não reconhecer.

Humano que esfacela,
Mundo de mazela,
Volátil,
Um eu abstrato.


Habitantes
ou desabitantes,
Mera existência,
Abrantes,
Por motivos diversos,
Ricas histórias,
De pessoas sem glórias.

Longe ao contingente formado,
Despejado,
Obstáculos a clandestina ocupação, 
Em meio à adversidade,
Resiste a exclusão.

Keila Cristina
26/09/2015
20:32 hs









segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Ser Mãe

          



          Sonho que demora a acontecer, desejo que aumenta já a cada dia. Mas, as vezes cansa, e  se quer desistir. Mas nesse tempo de espera, Deus tem trabalhado muito por mim, e já aprendi que ele é o Senhor do tempo e não adianta querer apressar as coisas. 
                
          " Para que apressar o rio, se ele corre sozinho"? Isso fará com o que o sofrimento só aumente.

          Tanto faz o sexo. Mas se for menina, que faça muito barulho empurrando seu carrinho de bonecas, que tropece nos móveis e der risadas,  calce meus sapatos, que saia a correr descalça pela casa, e que suas bochechas fiquem bem coradas de correr,  e que goste de jujuba (porque eu adoro rsrs ).

        Se for menino, quero meu mundo azul. Que brinque  com as panelas e todas as coisas que não pode, que sua boca fique suja de sorvete e que ele brinque na areia e faça barulho sem querer quando tomar sopa.

          Menino ou menina que goste de Caetano, U2, Nando Reis, Jonh Lennon, Slash, David Bowie, Bob Dylan, Janis Joplin, Bethânia, Jorge Ben Jor, Teatro Mágico e esse monte de artistas bons esquecidos pela rádio.

         Antes que ele cresça, juntos possamos tapar a lua com o dedo,  tocar o rosto de olhos fechados, montar bichinhos com massa de modelar, fazer barquinho de papel, e que eu consiga ajuda-lo a superar seu medo. Pais presentes, mas ausentes. Que eu seja presente nesse amor desmedido, que quando chegar esse dia meu coração fique inflado como um balão, que eu seja atropelada por esse sentimento imaginado. Que eu tenha sabedoria para equilibrar, dar limites e educar. Que eu saiba ensinar valores, carácter e dignidade. E que minhas baterias seja de longa duração.

          Até já tenho uma torcida e um monte de gente querendo ser os padrinhos. Mas, já escolhi o padrinho, e ele nem se candidatou, mas mesmo assim eu já o elegi. Estou pronta para sentir todos esses desconfortos naturais da gestação, e ouvir seu primeiro choro que irá nos trazer muita alegria. Então que eu consiga dar de conta do recado e observa o seu verdadeiro crescimento até quando ele se tornar independente e voar.


Keila Cristina
21.09.2015
15:37 hs







sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Reviver



Dias de luta,
E mais a gente cresce,
A paz que  resplandece.

Somos bem assim...
Recriando a cena, 
Em noite serena,
Um sonho vivido,
Desprovido.

Assim...
Navegando bem devagar,
Pegadas no coração,
Segurando a mão,
História do ontem,
Mistério do amanhã,
Sentir as coisas que flutuam,
Palavras que atuam,
Milhões de frases perpetuam,
E que a despedida seja um reencontro.


Keila Cristina
18/09/2015
22:29 hs



TDAH

               


                  Cada vez mais cedo crianças tomam remédios psicotrópicos, que "acalmam" e " concentram" crianças consideradas hiperativas e com baixo rendimento escolar, chegando a conclusão que sua agitação é uma doença. Com isso, o gigante farmacêutico faturam bilhões, gerando uma fonte de renda da rede mundial na industria médica. 

         Doença fabricada, manifestada como transtorno psíquico supostamente condicionada à herança genética. Os meninos caem com mais frequência na armadilha, por terem um comportamento mais desenfreado que as garotas.

                 Remédios prescritos em demasia, cada vez mais seu consumo tem aumentado.

           Isso é uma agressão à liberdade que sensivelmente é reduzida  e limita-se o desenvolvimento da personalidade da criança. Os compostos químicos causam certas mudanças comportamentais. Hiperatividade não é necessariamente um sinal de pertubação profunda,como a depressão.

           Medicalizar o fracasso escolar é mais fácil do que repensar a relação da escola com o aluno, é mais conveniente o educador pensar assim.

                Os pais também estão cada vez mais ausentes da rotina dos filhos. Dispõe de menos tempo e paciência de educar, ensinar limites e dar atenção. Nessas circunstâncias, medicar um problema de comportamento acaba se tornando a maneira mais cômoda de amenizar a questão.

                  A sociedade torna as crianças hiperativas e depois a medica. Introjeta a doença e prejudica a construção da auto-estima com o rótulo que lhes é colocado.

                 Keila Cristina
18/09/2015
21:15 hs

                        

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Afins




          Bendito seja as pessoas que tem a sensibilidade e o entendimento do reconhecimento.

               A angustia do porquê do qual se quer fugir, mas que ao mesmo tempo se quer ficar, resposta que começam a fluir no fantástico mundo do mistérios da alma, que o transporta a visualização dos  instantes.

       O  perfume de uma flor, o simples caminhar, as brincadeiras da infância; de correr, de se esconder, o rolar na grama, momentos que faz rir e outras vezes que se faz chorar. Simplicidade que floresce a alma e o coração, o envolvimento na estrada que seduz, e na clareza  da luz   preza valores a uma viagem sem pressa, nesse magnífico  enigma da mente humana que com sabedoria possa se criar raízes fortes e  marcas positivas.

         A sinceridade de um amor que não teme o tempo sob toda dor e distância  na confidência  do comprometimento. Amor que foge à  explicação, voraz,   um simples apertar de mão, um sorriso,  mesmo quando a situação não for muito alegre. Transmite  paz quando se aproxima e cada vez mais exerce o direito de buscar o que se quer na essência do bom senso.



         Amar é transbordar um mar de lembranças de nunca ter esquecido, é  harmônico, é evoluir todos os dias, é compartilhar, é o aconchego,  a beleza da tarde, é a retenção suficiente da alma, é o que faz querer o tempo parar, surpreende porque aparece sem avisar e encanta, é revelador e não pede licença dominando todo o interior, é o afeto e humor, é a tradução da convicção de que a nossa felicidade consiste em realizar nossa missão. E como a paciência é uma virtude,  cuidará de todo o sempre.



Keila Cristina
09.09.2015
22:26 hs