quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Trem da vida



Alegria e  choro
Querer e  medo
Sonhos e incertezas
Confesso que volta e meia me perco
Nessa distinta solidão que tanto gosto
Me distraio  com as bobagens do meu mundo interno
Escuto as músicas que me tocam o coração
Me visto de poesia e crio versos engraçados
Tento soletrar o que estou sentindo
Queria poder ser melhor
Mas a lapidação é diária nesses tempos de turbulência.

A serenidade do olhar de quem olha
Porque se toca a alma de forma simples
Não gosto de conjugar o verbo desistir
Nem sou boa de contar histórias
Busco algo que inicie com reciprocidade
Entender o que se sente as vezes é inexplicável
Mas conservo
Por que as vezes eu quero  o céu
Dentre outras vezes as estrelas
Encontro-me  nas linhas do presente singular
Num complexo de verdades
Giro em meus próprios sonhos.

Que os tombos fortaleçam-me
Não descarto os dias
Porque palavra e  pensamento transformam
E minha imaginação  levanta vôo
Num épico amanhã
Nesses episódios de impressão marcante
De um parecer sincero
Em síntese, do lado de dentro
O vento sopra suave
E manobro o trem nos vagões da consciência.




Keila Cristina
07.09.2016
22:00 hs






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