segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O mundo num papel



Como cada um dar sentido a sua vida da maneira como julga melhor, e definem isso muito bem como uma história bem contada, pois as narrativas tem o poder de transmutação.
Transformam dor em palavra escrita, decifram a delicadeza apesar da brutalidade, a ausência vira presença, as marcas viram amadurecimento por experiências vividas e/ou divididas,  não apagam as cicatrizes da alma mas  nos deixam mais resistentes a emoções.
É isso que tece uma vida. É a essência humana, é o registro, é a libertação da mente, é a escolha da entrega, são palavras que age apesar das limitações.
É o esvaziamento dos julgamentos do mundo, dos preconceitos, das marcas físicas e psíquicas, crianças que são silenciadas cada vez mais cedo com medicamentos e viram zumbi anestesiando uma vida. Pessoas morrem porque a gente silencia ! Condição humana ser a mercê da dor.
Há certas realidades que só a ficção suporta, porque nesse mundo do capitalismo, é esse o dono de todo o seu tempo. Que não se dar o tempo de viver as experiências, de descobrir, de escutar e ser escutado, porque pra ser escutado é preciso construir conhecimento, e dar valor. Pois ele num é matéria ordinária, e sim a base de nossas vidas.
Não posso simplesmente despejar palavras, concebo metáforas,  tenho a necessidade de manter exato na semântica, me consumo quando não encontro um vocabulário adequado, me condeno a superficialidade.

Palavras perduradas  eternizadas na grafia por não manter o pensamento límpido. Escrever me vira ao avesso. Cada linha me exige que eu seja coerente sobre o que eu afirmo. O texto tem a força da revelação, e me deixa cada vez mais consciente do que penso, diluindo em palavras pensamentos que querem existir como ação. 

Keila Cristina
24/08/2015
21:03 hs

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Tudo posso



A beleza só é grandiosa quando tem bastidores, pois a vida não acontece de qualquer jeito, e nem passa por acaso, e sim pela as possibilidades do cotidiano. Pois o que nos convence não é por acaso, vivência não é uma teoria, porque senão já teria se perdido no tempo.
O que permanece de pé, sem se perder no espaço, é porque verdadeiramente está fincada no chão por raízes profundas.
Saborear  o poder do silêncio é fundamental.
Ser ou não ser é o único modo possível de existir.
Na maneira como agimos, o que buscamos para a nossa saúde espiritual?
Ousar é se abrir para o outro.
Inventar-se à beleza, é reinventar de possibilidades.
Alguns olham para dentro para não ver e realmente nada encontram.
O que alguns não enxergam, outros vêem possibilidades.
Os moradores de rua são o espelho que mais tememos, pois enquanto reclamam da fome, e do frio, a gente fecha os olhos como paredes para não enxergá-los.
Vendo isso esbanjo um olhar de resistência, onde mostra que a vida de gente comum não é banal, é no cotidiano que realmente a vida efetivamente se dar, com ou sem medo ela te agarra em qualquer esquina.
É por pequenos gestos, até mesmo pelo um olhar, que a esperança se salva, mundo esse que acaba várias vezes no espaço da vida, mas que sempre temos a chance de poder recomeçar, dando um sentido a novas versões de nós mesmo.


Keila Cristina
20/08/2015
21:58 hs




terça-feira, 18 de agosto de 2015

O tempo e o medo




Medo é universal, todos nós sentimos. E há diversos motivos para isso, como: medo da doença, da solidão, da segurança,  de envelhecer,  de não ser reconhecido, do que virá e outros. E isso não é teórico, sentimos na carne quando a dor punge dentro da gente e você precisa gritar por alguém.

Porque não damos de conta da vida sozinho, porém quando somos olhados de jeito certo, aumenta a cresça em nós mesmo, pois o olhar é o lugar da nossa segurança. Os poetas sabem disso, e a gente sobrevive muito mais do olhar do que das palavras.

A força de um olhar faz-nos entrar dentro da pessoa e viver o mesmo tempo que ela, e isso é ter a possibilidade de ajuda o mais fraco. É saber que tem que ir mas que decide ficar.

Na correria ninguém vai poder encontrar o outro, na correria ninguém vai livrar-se dos medos, pois é justamente a correria que nos coloca na perspectiva do medo. E o tempo não nos permite estar junto um do outro, em ter alguém para olhar nos olhos. Precisamos viver de forma diferente, adentrando numa nova porta, um jeito novo de ver a vida.

Os tempos modernos está deixando-nos cada vez mais egoístas, centrados em nós mesmo, e não nos permitimos despir dos excessos, a falta de coragem torna-se um empecilho para as relações humanas. Não alcancaremos o sucesso da graça se  não vencermos a cadeia do medo. Não cultivemos o fracasso. É preciso empenho, os limites não podem ser impedimento pra chegar até o final da construção, nós não precisamos ser reféns dos nossos medos e que a fraqueza se transforme em força.

Keila Cristina
18/08/2015
13:51:00








quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Os pensamentos



Em meu pensar pelo ensaio da ação e o silêncio da sensibilidade os pensamentos andam soltos. A vivência do mundo misterioso, nos deixa curioso pela virtude dos segredos.

A linguagem desses pensamentos falam alto, e eu vou onde ele me leve, na espera da paz. E a coragem provém com o passar dos dias, e nada pode estragar a beleza do ser. O esforço é esse que ocorre para a melhoria da vida e evolução da alma, nesse prazer complexo do princípio moral e da transformação do sentimento.

É preciso coragem para poder conhecer  a si mesmo. Pois somos o comandante do navio, e assim remamos ao encontro dos acontecimentos. 

As decisões são importantes nesse sublime momento e a serenidade  essencial na virtude, seguindo a intuição.

Quando me decidi ser quem sou parei de mim decepcionar, e hoje persisto rumo na busca de um caminho, sob  acontecimentos dessa deriva cheia de múltiplas emoções do pensar  do querer.

São respostas que surgem com um tempo, bem devagar a esperança. Pois não há medo que num possa ser enfrentado, nem mistérios que não seja desvendado.


 Keila Cristina
12/08/2015
21:32 hs