Como cada um dar
sentido a sua vida da maneira como julga melhor, e definem isso muito bem como
uma história bem contada, pois as narrativas tem o poder de transmutação.
Transformam dor em
palavra escrita, decifram a delicadeza apesar da brutalidade, a ausência vira
presença, as marcas viram amadurecimento por experiências vividas e/ou
divididas, não apagam as cicatrizes da
alma mas nos deixam mais resistentes a
emoções.
É isso que tece uma
vida. É a essência humana, é o registro, é a libertação da mente, é a escolha
da entrega, são palavras que age apesar das limitações.
É o esvaziamento dos
julgamentos do mundo, dos preconceitos, das marcas físicas e psíquicas,
crianças que são silenciadas cada vez mais cedo com medicamentos e viram zumbi
anestesiando uma vida. Pessoas morrem porque a gente silencia ! Condição humana
ser a mercê da dor.
Há certas realidades
que só a ficção suporta, porque nesse mundo do capitalismo, é esse o dono de
todo o seu tempo. Que não se dar o tempo de viver as experiências, de
descobrir, de escutar e ser escutado, porque pra ser escutado é preciso
construir conhecimento, e dar valor. Pois ele num é matéria ordinária, e sim a
base de nossas vidas.
Não posso
simplesmente despejar palavras, concebo metáforas, tenho a necessidade de manter exato na semântica,
me consumo quando não encontro um vocabulário adequado, me condeno a
superficialidade.
Palavras perduradas eternizadas na grafia por não manter o
pensamento límpido. Escrever me vira ao avesso. Cada linha me exige que eu seja
coerente sobre o que eu afirmo. O texto tem a força da revelação, e me deixa
cada vez mais consciente do que penso, diluindo em palavras pensamentos que
querem existir como ação.
Keila Cristina
24/08/2015
21:03 hs
Texto expressivo e bem definido. Pede mais produçôes.
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