Na mitologia grega, Kairós é
filho de Chronos, deus do tempo e das estações. Momento oportuno. Não se preocupa com o
calendário pois é o presente. Ele usa em uma das mãos uma balança que é responsável
pelo equilíbrio e justiça.
Chronos, quer dizer, concessão de
um tempo sucessivo, cronológico, tempo dos humanos. É a
concepção da soma do passado, presente e futuro. Período longo ou
breve.
Abordando essa questão do tempo, venho ampliando os horizontes da temporalidade
e dedico alguns instantes à meditar sobre
a sua mensagem. Então me lembrei do tempo em que eu não tinha de não pensar em nada,
por ser vítima da ansiedade. Somos tão de repente, né?! Ao contrário dele, paciente. E ainda reclamamos sua presença. Mesmo ele, estando sempre presente.
Mas com um tempo descobrimos coisas do que nos faz ser quem somos. E
o nosso estado de espírito vive em
constante transição. E muitas vezes descemos até o abismo para se achar, aí vem ele
e nos leva de volta para a vida.
O relógio de Chronos faz a gente
ter a constante sensação de que o tempo nos falta. E a gente se apega a coisas
e agimos nas lembranças numa coleção de pensamentos que temos guardado. Porque
nossos hábitos diários ludibriam a percepção do próprio tempo.
As coisas realmente
importantes pra entender tem que ter constância,
no direito de sermos nós mesmo no silêncio sem o auxilio das palavras. E tudo
valerá a pena quando o sentimento quebrar a resistência dos conflitos. Então que
o sentimento de Kairós nos invada e
espalhe a névoa fria, porque só crescemos quando nos oportunizar num olhar mais
amplo aperfeiçoando a visão daquilo que nos envolve. E isso não ocorre da noite
pro dia, mas é processual. E o tempo continua valiosamente infinito.
Keila Cristina
24 de setembro de 2017