Um súbito estranho ritmo
entre o tempo e o contratempo dessa entidade viva que nos habita, e
frequenta o nosso mundo agitado e suave
do qual desenhamos fronteiras o tempo
todo.
A inquietação palpita
o coração nesse amar de querer ser. A reflexão
cresce. Então me deixa quieta para ouvir essa voz que grita e sufoca. É
Deus querendo me dizer alguma coisa que não quero ouvir, porque essa delicadeza
que ele tem com a gente transmite paz, mas ao mesmo tempo faz
doer quando lembramos de nossa “finitude” nada fácil.
É na visita do desconhecido, exatamente nessa linha que traça
o horizonte, e essa fome de felicidade é que percebemos que é possível sim. Mas
a travessia é grande, dolorosa, e o cárcere é escuro e não tem mapa.
Empalidecemos. E com nossos olhos cheios de poeira preferimos tomar chuva, encharcar
o céu da consciência contemplativa e
sentir esse frio bem devagar na esperança que ele passe sem precisar sair dali.
Keila Cristina
03/09/2017
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