O tempo sopra sobre nós a poeira e às vezes a gente num tem
ideia do quanto precisamos andar para ocupar os lugares da vida. Exploramos
estradas, percorremos distâncias, encontramos amigos e esses mesmos amigos
tornam-se parte do nosso desenvolvimento como pessoa.
Minhas emoções faz meu coração ser meu centro geodésico. Flor
de laranjeira. Nele abrigo multidões de sentimentos que abrangeria um livro
inteiro para explicar. Percorro as estradas misteriosas da minh ‘alma. As
saudades mais profundas reacendem no labirinto do tempo, no diáfano fio do
inconsciente, e me faz recordar mais uma
vez quem eu sou.
Às vezes esse exercício causa medo. Um medo delicado em que
eu morra antes da hora. Perco-me no grande chão deserto. Meus fantasmas me
assombram. E rouba-me o oxigênio. Algo
me cobra a simetria. Daí lembro Platão,
quando diz: “ Tente mover o mundo e o primeiro passo será mover a si mesmo.” Daí cesso, fecho os olhos, respiro... e dissolvo-me dentro.
Keila Cristina
12 de novembro de 2017
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